sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Álgebra ( X? Y? Entenda os cálculos com letras )

Para representar os problemas da vida real em linguagem matemática, muitas vezes utilizamos letras que substituem incógnitas (os valores que você não conhece, e quer descobrir). É aí que entram os famosos x, y, etc. O ramo da matemática que utiliza símbolos (normalmente letras do nosso alfabeto latino e do grego) para a resolução de problemas é chamado álgebra.

As equações são a aplicação mais conhecida dessa área da matemática.

Por exemplo, a área de um retângulo de base b e altura c é dada pela fórmula:

A = b . c

Esse monte de letra nada mais é que a representação de "fatos da vida real" por meio de números: a representa a área, b e c representam os lados do retângulo.

Essa fórmula vale para qualquer retângulo cuja área se deseja calcular.


Letras substituem valores iguais
Como você resolveria o seguinte cálculo?





Imagine que x represente um objeto, por exemplo, uma maçã. Então você faria:

"3 maçãs mais 7 maçãs"

Logicamente o resultado é "10 maçãs". Então:





O procedimento, como você viu, é simples: para somar números que acompanham incógnitas, basta somá-los, normalmente (desde que as incógnitas sejam iguais).

Agora suponha que x valha 17 maçãs. O resultado de nossa operação seria 170.


Problemas resolvidos pela álgebra
Vamos descobrir quanto medem os lados de um retângulo em que um lado é o dobro do outro e cujo perímetro é igual a 60.





Para começar, é necessário saber o que é perímetro - é a soma de todos os lados de uma figura geométrica.

Como um lado foi chamado de x, o outro - que é o dobro - será 2x.

Nesse caso, o perímetro pode ser escrito como a soma dos 4 lados:





Logo:

Para representar os problemas da vida real em linguagem matemática, muitas vezes utilizamos letras que substituem incógnitas (os valores que você não conhece, e quer descobrir). É aí que entram os famosos x, y, etc. O ramo da matemática que utiliza símbolos (normalmente letras do nosso alfabeto latino e do grego) para a resolução de problemas é chamado álgebra.

As equações são a aplicação mais conhecida dessa área da matemática.

Por exemplo, a área de um retângulo de base b e altura c é dada pela fórmula:

A = b . c

Esse monte de letra nada mais é que a representação de "fatos da vida real" por meio de números: a representa a área, b e c representam os lados do retângulo.

Essa fórmula vale para qualquer retângulo cuja área se deseja calcular.


Letras substituem valores iguais
Como você resolveria o seguinte cálculo?





Imagine que x represente um objeto, por exemplo, uma maçã. Então você faria:

"3 maçãs mais 7 maçãs"

Logicamente o resultado é "10 maçãs". Então:





O procedimento, como você viu, é simples: para somar números que acompanham incógnitas, basta somá-los, normalmente (desde que as incógnitas sejam iguais).

Agora suponha que x valha 17 maçãs. O resultado de nossa operação seria 170.


Problemas resolvidos pela álgebra
Vamos descobrir quanto medem os lados de um retângulo em que um lado é o dobro do outro e cujo perímetro é igual a 60.





Para começar, é necessário saber o que é perímetro - é a soma de todos os lados de uma figura geométrica.

Como um lado foi chamado de x, o outro - que é o dobro - será 2x.

Nesse caso, o perímetro pode ser escrito como a soma dos 4 lados:





Logo:





Como o perímetro deve ser igual a 60, o único número que multiplicado por 6 resulta 60 é o número 10, logo:

Análise combinatória
Como calcular probabilidades
Maria Ângela de Camargo*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Para aprender como fazer cálculos de análise combinatória, útil para determinar probabilidades, veja um exercício resolvido:

Escrito há cerca de 3 mil anos, o "I - Ching" ou "Livro das Mutações" apresenta um conjunto de símbolos criados a partir de dois princípios (o masculino Yang, representado por uma linha inteira -, e o feminino Ying, representado por uma linha quebrada - - ).


Entre outras funções, esse conjunto de símbolos permitiria adivinhar o futuro, o que torna o livro muito popular ainda hoje em dia. A base do sistema é um conjunto de três símbolos montados com as linhas Ying e Yang, que se constróem do seguinte modo:


1o símbolo 2o símbolo 3o símbolo




A essas figuras chamadas Pa-Kua (as Oito Mutações), atribuíam-se nomes, características, imagens, papéis numa estrutura familiar, além dos pontos cardeais, como se vê a seguir:


Norte Nordeste Leste Sudeste

Sul Sudoeste Oeste Noroeste




Combinando-se dois desses trigramas, obtém-se um hexagrama, figura de significado ainda mais amplo, que constitui a resposta do oráculo a uma pergunta de quem o consulta. Por exemplo:






Sem entrar nas questões de caráter filosófico ou oracular do I-Ching, podemos nos perguntar: quantos hexagramas é possível formar com cada dois trigramas?


1o trigrama 2o trigrama Total: 64 hexagramas
8 possibilidades 8 possibilidades



Pensando de forma análoga, podemos considerar que se constrói um hexagrama escolhendo seis símbolos de um grupo de dois (linha inteira, linha quebrada). Assim, o total de símbolos será 26 = 64.


Usamos aqui um princípio multiplicativo que é a base da análise combinatória, um conjunto de procedimentos que sistematiza a contagem de agrupamentos.



O princípio fundamental da contagem
Um evento ocorre em n etapas, sucessivas e independentes, de modo que a primeira etapa ocorre de k1 maneiras, a segunda etapa ocorre de k2 maneiras, ..., e a enésima etapa ocorre de kn. Então, o evento pode ocorrer de k1, k2, ... .Kn maneiras distintas.

Essa é a versão multiplicativa do princípio: para que ocorra o evento, todas as etapas devem ser cumpridas. Por exemplo: para se escolher um número de três algarismos, devemos escolher o algarismo das unidades e das dezenas e também das centenas - não se podem omitir quaisquer etapas. Se as etapas não forem sucessivas, mas alternativas, o princípio fica enunciado assim:


Um evento ocorre em n etapas, alternativas e independentes, de modo que a primeira etapa ocorre de k1 maneiras, a segunda etapa ocorre de k2 maneiras, ..., e a enésima etapa ocorre de k2. Então, o evento pode ocorrer de k12 + ... + Kn maneiras distintas.


Se, para o seu almoço, você pode escolher um lanche com ou sem maionese, então você pode escolher entre dois lanches!



Agrupamentos
De modo geral, pode-se resolver um grande número de situações de contagem usando os princípios fundamentais. No entanto, alguns conjuntos podem ser agrupados por critérios que facilitam a sua compreensão; compreender a que classe de agrupamento pertence a situação que estamos tratando pode facilitar muito a resolução.

Arranjos: são agrupamentos nos quais a ordem dos elementos é relevante. Três pessoas (A, B, C) que se inscrevem em um concurso que premia os dois primeiros lugares podem dar a esse concurso seis classificações distintas:


1o lugar 2o lugar
A B
A C
B A
B C
C A
C B



Observe que duas mesmas pessoas podem terminar o concurso de duas maneiras distintas.


O número de arranjos possíveis de p elementos tirados de um grupo de n elementos, com n p pode ser escrito como:






Combinações: são agrupamentos em que a ordem dos elementos não é relevante. No exemplo anterior, se as pessoas A, B e C tivessem que se organizar para formar uma comissão de duas pessoas, só haveria três possibilidades : A e B, A e C, B e C. O número de combinações de p elementos tirados de um grupo de n elementos, com n p é:






As permutações são casos particulares de arranjos em que o número de elementos do agrupamento é igual ao número de elementos disponíveis:



A sistemática da análise combinatória não é novidade. Em toda a história do desenvolvimento matemático do homem aparecem registros de investigações nos cálculos de possíveis agrupamentos:



Na obra de Euclides (300 a.C.) há um método para se encontrar o valor de (1 + x)2;


Além da fórmula resolutiva para equações de 2o grau, Baskhara descreveu algumas situações práticas em que se permutam possibilidades - na poesia, na arquitetura e na medicina;


Trabalhos do início da Era Cristã relacionados à cabala analisam combinações e permutações entre números inteiros;


Astrônomos da Idade Média calculavam as possíveis conjunções entre dois, três, n planetas,


À época do Renascimento, a pressão das recentes descobertas e necessidades mercantis fizeram com que matemáticos europeus desenvolvessem a sistemática de combinatória na descrição de várias circunstâncias: as possibilidades de n pessoas se sentarem em torno de uma mesa, as combinações possíveis de fechaduras, os agrupamentos possíveis de objetos e, naturalmente, as chances nos jogos de azar.

Apesar de tantas outras motivações, foi o interesse pelos jogos de azar a grande motivação para o desenvolvimento da análise combinatória, nos trabalhos de Pascal e Fermat. Naturalmente, outros ramos da matemática usaram esse conhecimento e vieram a se desenvolver: a probabilidade, a teoria de grafos, os conjuntos e a criptologia. A chance de jogos como a MegaSena é um saber relacionado à análise combinatória.








Como o perímetro deve ser igual a 60, o único número que multiplicado por 6 resulta 60 é o número 10, logo:

biologia

Abelhas - Morfologia das produtoras de mel
Abelhas - Na sociedade da colméia há rainha, operárias e zangões
Abelhas - Desaparecimento de abelhas intriga cientistas dos EUA
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Apêndice humano - Sim, o apêndice tem uma função
Aranhas - A aranha e sua teia podem ser benéficas ao homem
Asma - Conheça essa doença do sistema respiratorio
aves----Aves
Únicos animais viventes que têm penas
Alice Dantas Brites*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Registro fóssil da espécie Archaeopteryx lithografica

As aves são animais vertebrados que podem ser facilmente distinguidos pela presença de penas. A pena é uma característica exclusiva desses animais, ou seja, está presente em todas as espécies do grupo. Além disso, as aves não possuem dentes, são endotérmicas e apresentam um metabolismo elevado.

As aves podem ser encontradas em todos os continentes e, atualmente, já foram descritas cerca de 12.000 espécies. Entre as espécies desse grupo há uma grande variedade de formas, tamanhos e hábitos. Existem desde espécies com poucos centímetros de altura até espécies como o avestruz, que pode atingir mais de dois metros de altura.

Embora a maioria das aves esteja adaptada ao vôo, existem algumas exceções. O pingüim, por exemplo, não voa, mas pode nadar e mergulhar. Já o avestruz pode caminhar e correr.

As aves surgiram durante a Era Mesozóica, cerca de 150 milhões de anos atrás. Acredita-se que elas evoluíram a partir de répteis bípedes, próximos aos dinossauros. O registro mais antigo de uma ave é o fóssil da espécie Archaeopteryx lithografica. Embora o Archaeopteryx possuísse penas, ele também apresentava outras características, como uma longa cauda e ossos compactos, mais semelhantes aos répteis do que às aves atuais.


Adaptações para o vôo
As aves possuem diversas adaptações para o vôo que estão relacionadas ao formato aerodinâmico e à redução do peso do corpo. A presença de membros anteriores, transformados em asas, e de penas são algumas dessas adaptações. A pena é uma estrutura leve, mas ao mesmo tempo flexível e resistente. Além de atuar no vôo, é também um importante isolante térmico.

O isolamento térmico fornecido pelas penas foi essencial para o surgimento da endotermia nas aves. Isso permitiu que o calor produzido pela alta taxa metabólica desses animais não se dissipasse para o ambiente externo. Esse isolamento também protege as aves da perda de calor gerada pela passagem do ar pelo corpo durante o vôo.

Muitos dos ossos das aves são pneumatizados. Isso significa que o seu interior é oco, o que os torna mais leves. No interior dos ossos pneumáticos existem extensões do pulmão chamadas de sacos aéreos. Os sacos aéreos contribuem para a redução da densidade das aves, além de promoverem a refrigeração interna e atuarem nas trocas gasosas durante a respiração.

Outras características que contribuem para a redução do peso são: ausência de dentes, ausência de bexiga urinária e atrofia das gônadas fora da época reprodutiva. Além disso, as fêmeas geralmente só possuem um ovário.

O osso que une as costelas na região ventral, o esterno, apresenta uma projeção chamada de quilha. A quilha é o ponto de inserção dos fortes músculos peitorais, responsáveis pelo batimento das asas.


Digestão e excreção
A ausência de dentes impede que as aves triturem o alimento na boca, antes de engolir. Esta função é assumida pela moela, uma região do estômago cujas paredes são dotadas de músculos fortes. Na moela os alimentos são triturados e esmagados, ou seja, é realizada a digestão mecânica. Algumas espécies armazenam pedrinhas na moela, que aumentam o atrito e auxiliam na trituração do alimento.

Muitas espécies possuem um papo. O papo corresponde a uma dilatação da porção posterior do esôfago e serve para armazenar, temporariamente, o alimento coletado. Quando estão com filhotes, as aves podem armazenar alimento no papo para transportá-lo até o ninho e alimentar a prole.

As aves, assim como a maioria dos répteis, excretam ácido úrico, uma substância nitrogenada que é insolúvel em água. As excretas são eliminadas na forma de uma pasta branca junto com as fezes, que possuem coloração escura.


Reprodução
A fecundação das aves é interna e, assim como os répteis, elas possuem um ovo terrestre com uma casca protetora externa. Internamente, encontram-se os anexos embrionários.

As aves são animais ovíparos, ou seja, botam ovos que completam seu desenvolvimento fora do corpo materno. Isso contribui para a redução do peso da fêmea, pois ela não carrega o ovo ou o embrião dentro de seu corpo, como na ovoviviparidade e na viviparidade.

As aves chocam os ovos e cuidam dos filhotes após o nascimento. Este comportamento de cuidado com a prole é chamado de cuidado parental. Em muitas espécies tanto a fêmea quanto o macho realizam esta atividade.


Órgãos dos sentidos
As aves possuem a visão e a audição bem desenvolvidas. Esses sentidos são essenciais para um deslocamento eficiente no ar, durante o vôo. Já o olfato é pouco desenvolvido na maioria das espécies.

A produção de sons é realizada através de uma estrutura situada na base da traquéia, a siringe. A vocalização possui uma grande importância na comunicação das aves, sendo uma característica particular de cada espécie

geografia / História de Rondonia

Localização Geográfica




GEOGRAFIA DE RONDÔNIA - ASPECTOS FÍSICOS E GEOGRÁFICOS.



CRIAÇÃO

O Estado de Rondônia criado pela Lei Complementar nº 41, de 22 de dezembro de 1981, originou-se do Território Federal do mesmo nome, criado pelo Decreto-Lei nº 5.812 de 13 de setembro de 1943, com a denominação de Território Federal do Guaporé, mudando posteriormente para Território Federal de Rondônia através da Lei nº 21.731, de 17 de fevereiro de 1956, de autoria do Deputado Federal pelo Estado do Amazonas, Áureo de Melo, em homenagem ao Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon.


Rondônia com área totalmente localizada na Amazônia Legal e na Região Norte do Brasil, com relação a latitude ao sul da linha do Equador em relação a longitude oeste de greenwich.

Hora Legal - Rondônia está a menos 4 horas de fuso horário em relação à Greenwich, e 1 hora em relação ao horário oficial do Distrito Federal (Brasília).

Área, Limites E PONTOS EXTREMOS

Área Total - O Estado de Rondônia possui 238.512,80 km2, equivalente a 23.837.870 hectares, que representam 6,19% da área total da Região Norte e 2,80% da área do Brasil. Rondônia é o 15º estado brasileiro em área, sendo maior que os Estados do Acre, Roraima, Amapá, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal.

Pontos Extremos - Ao norte, a confluência do Igarapé Maicy com o Rio Madeira à 7º55'30" LS (Latitude Sul); Ao sul, a foz do rio Cabixi no rio Guaporé à 13º41'30" LS (Latitude Sul); A leste, o salto Joaquim Rios no rio Iquê à 13º41'30" LS (Latitude Sul); A oeste, a paisagem da linha Geodésica Cunha Gomes no divisor de águas Abunã-Ituxi à 66º15'00" LnW (Longitude Oeste).

Fronteira com País Limítrofe - O Estado de Rondônia possui 1.342 km de linha divisória com a Bolívia fronteira em sua totalidade delimitada por rios. O limite começa na foz do Rio Cabixi no Rio Guaporé; desce o Rio Guaporé até o Rio Mamoré; desce o Rio Mamoré até o Rio Madeira; desce o Rio Madeira até a foz do Rio Abunã; sobe o Rio Abunã até o cruzamento com a linha geodésica Cunha Gomes, no limite com o Estado do Acre.

Municípios com Áreas de Interesses Específicos - Rondônia possui 52 municípios localizados na Amazônia Legal e 20 municípios situados em faixa de fronteira.

Limites - O Estado de Rondônia limita-se ao Norte, Nordeste e Noroeste com o Estado do Amazonas; Ao Leste e Sudeste com o Mato Grosso; Ao Sul e Sudoeste com a República da Bolívia.

Definição dos Limites - Começa na foz do Rio Cabixi no Rio Guaporé, desce o Rio Guaporé, o Rio Mamoré e o Rio Madeira até o Rio Abunã; sobe o Rio Abunã até encontrar a linha geodésica Cunha Gomes (Beni Javari); segue a linha geodésica Cunha Gomes até encontrar o divisor de águas dos Rios Ituxi/Iquiri/Abunã, segue o divisor de águas dos Rios Ituxi/Iquiri/Abunã até encontrar o divisor de águas dos Rios Ituxi/Madeira; segue o divisor de águas Ituxi/Madeira até alcançar o paralelo da foz do Rio Maicimirim; sobe o Rio Maicimirim até suas nascentes, no divisor de águas dos Rios Marmelo/Ji-Paraná ou Machado; segue o divisor de águas dos Rios Marmelo/Ji-Paraná ou Machado até o divisor de águas dos Rios Ji-Paraná/Roosevelt; segue o divisor de águas dos Rios Ji-Paraná/Roosevelt até encontrar o paralelo da foz do Rio Capitão Cardoso no Rio Roosevelt; segue por esse paralelo até a foz do Rio Capitão Cardoso; sobe o Rio Capitão Cardoso até o Rio Tenente Marques; sobe o Rio Tenente Marques até a foz do Igarapé Pesqueira; daí segue por uma linha reta até o salto Joaquim Rios no Rio Iquê; sobe o Rio Iquê até o Córrego Toluiri-Inazá; sobe o Córrego Toluiri-Inazá ate suas nascentes; daí segue pelo divisor de águas até as nascentes do Rio Cabixi; desce o Rio Cabixi até sua foz, ponto de partida.

Gentílicos - Quem nasce em Rondônia é rondoniense ou rondoniano e quem nasce na capital do estado é porto-velhense.

RECURSOS NATURAIS

Recursos Minerais - O Estado de Rondônia possui reservas minerais metálicos (estanho/cassiterita, nióbio/columbita-tantalita e ouro) e minerais não-metálicos (calcário).

Recursos Hídricos - O Estado de Rondônia possui 238.378,7 km2 pertencentes a Bacia Hidrográfica Amazônica, possuindo um potencial hidrelétrico (energia firme - MW/ano) de 54.027,2.

A usina hidrelétrica de Samuel construída no Rio Jamari, afluente do Rio Madeira, possui uma área inundada de 584,6 km2 e uma potência final de 216 MW. A altitude do centro da barragem é de 87,0 m acima do nível do mar. A barragem está localizada no Município de Candeias do Jamari, inundando área desse município e do Município de Jamari.

No Rio Vermelho afluente do Rio Cabixi existe a hidrelétrica do Rio Vermelho que cede energia para Vilhena, além de existir outras pequenas hidrelétricas em Chupinguaia, Colorado do Oeste e Santa Luzia d'Oeste.

ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS

O RELEVO

A área compreendida pelo Estado de Rondônia apresenta certos contrastes de configuração que podem ser agrupados em quatro partes distintas:

a) Planície Amazônica;

b) Encosta setentrional do Planalto Brasileiro;

c) Chapada do Parecís;

d) Vale do Guaporé-Mamoré.

a) PLANÍCIE AMAZÔNICA

A planície Amazônica, dentro do Estado, estende-se desde o extremo Norte nos limites com o Estado do Amazonas e se prolonga nas direções Sul-Sudeste até encontrar as primeiras ramificações das chapadas dos Parecis e Encosta Setentrional. Domina as terras de forma plana planície terciária (terra firme). Cuja altitude média é de 90 a 200 metros acima do nível do mar. Sua constituição morfológica é de sedimentos areno-argiloso em sua parte superficial e da natureza argilosa a certa profundidade.

Terrenos sedimentares da idade pliocênica, modelam a planície, encontrando-se nas várzeas, áreas de acumulação constituídas por terrenos recentes correspondentes ao Holocênico.

Os médios e baixos cursos do rio Madeira e seus afluentes se encaixam nesta área, adaptando-se as várias direções em decorrência do surgimento de falhas e fraturas do terreno. Nos baixos cursos, os rios formam extensas planícies de inundações e nas áreas de formações tabulares, descrevem caprichosos meandros, enquanto nos terrenos da Formação Barreiras argilo - ferruginoso, agem dissecando-os, formando barrancos de 5 a 10 metros de altura, nos quais infiltram suas águas provocando desabamentos (fenômeno das terras caídas) e processos de respectivo desmonte e transporte de material em suspensão na corrente líquida.

Os seus médios cursos ao atravessarem os terrenos pré-cambrianos atingem o substrato rochoso originando corredeiras, lajeados e cachoeiras.

b) ENCOSTA SETENTRIONAL DO PLANALTO BRASILEIRO

Este acidente do relevo do Estado é correspondente a uma faixa de terreno arqueano, constituída de restos de uma superfície de aplainamento rebaixada pelas sucessivas fases erosivas, subdivididas em patamares de altitude entre mais de 100 metros e menos de 600 metros formando detritos residuais espersas, colinas de topos plainados, colinas com inselbergs, pontões, afilamentos de granitos, lateritos e matacões de tamanhos variados, morros isolados e esporões de cristas agudas.

Sobre as superfícies plainadas surgem rochas sedimentares (pleistocenas) e depósitos em conseqüência da erosão provocada por violentas enxurradas, ocorridas em períodos remotos, em decorrência do clima mais seco e por falta da cobertura florestal.

c) CHAPADA DOS PARECIS - PACAÁS NOVOS

A chapada dos Parecis-Pacaás Novos constitui a superfície cimeira do Estado, desenvolvendo-se na direção Noroeste - Sudeste é pertencente ao sistema mato-grossense do Maciço Central Brasileiro com altitude acima de 300, e entre 600 a 900 metros, com pontos culminantes acima de 1.000 m.

A Chapada é originária de uma antiga área de deposição, soerguida e entalhada pela erosão por intenso processo de movimentos diastróficos de caráter epirogenético, originando falhamento e diaclasamento do relevo, como: superfície cimeira entalhada de rochas correspondentes às partes mais elevadas; restos de antigas superfícies deformadas por desdobramentos de grandes raios de curvaturas bastante dissecada e delimitadas por falhas; e patamares de erosão antiga glacial escalonadas.

Vários rios nascem em suas encostas Sul e Oeste descendo na direção do rio Guaporé. A Chapada serve de divisória de águas entre as bacias do rio Jaci - Paraná e dos rios Guaporé - Mamoré, do rio Jí-Paraná e do Roosevelt.

d) VALE DO GUAPORÉ-MAMORÉ

Vale do Guaporé-Mamoré é uma vasta planície dissimétrica de forma tabular, formada por terrenos sedimentares recentes, cuja altitude média fica entre 100 a 200 metros. Estende-se desde o sopé das chapadas dos Parecis e Pacaás Novos no Estado de Rondônia, até atingir os primeiros contrafortes dos Andes, na República da Bolívia; na direção Sudeste se prolonga pelo Estado de Mato Grosso. A porção pertencente ao Estado é restrita, fica limitada na direção Leste - Oeste entre a Chapada dos Parecis e rios Guaporé e Mamoré, ambos linhas de limite entre o Brasil e a Bolívia; na direção Norte - Sul, entre a Encosta Setentrional e rio Cabixi, nos limites com o Estado de Mato Grosso.

Esta região é constituída por terrenos alagadiços, associados a platôs mais elevados. É drenada pelas águas dos rios Guaporé, Mamoré e pelos baixos cursos de seus afluentes. As enchentes dos rios inundam dezenas de quilômetros das áreas mais baixas, formando lagos temporários e amplos meandros divagantes de escoamento bastante complexo.

RELEVO II -SEGUNDO JURANDYR L. ROSS

O relevo do Estado de Rondônia varia de alguns metros acima do nível do mar até altitudes acima de 1.000 m. O ponto mais alto de Rondônia está localizado na Serra dos Pacaás Novos, com altitude de 1.126 m, é o pico Jaru.

O Estado de Rondônia possui relevo de aspecto geomorfológico variado, apresentando Planícies ou Várzeas Amazônicas, Depressão do Solimões, Depressão da Amazônia Meridional, Planalto Residual da Amazônia Meridonal, Planalto dos Parecis, Depressão do Guaporé e Planície e Pantanal do Guaporé.

Planícies ou Várzeas Amazônicas - Localizadas nos Municípios de Candeias do Jamari e Porto Velho, segundo o IBGE "...compreendem áreas periodicamente inundáveis e, quando altas e florestadas, refletem níveis de terraços fluviais, contendo ainda, "furos", "paranás", lagos de várzea e de barragens".

Depressão do Solimões - ocupa área nos Municípios de Candeias do Jamari, Cujubim, Jamari, Machadinho d'Oeste e Porto Velho onde, segundo o IBGE, "as feições geomorfológicas predominantes são extensas superfícies dissecadas em interflúvios tabulares de média a fraca intensidade de aprofundamento da drenagem" do Rio Madeira. "Ocorrem faixas rebaixadas de interflúvios com características colinosas nas proximidades das Planícies Amazônicas. A Depressão dos Solimões se compõe de argilitos, siltitos e arenitos de idade pliopleistocênica, pertencentes à Formação Solimões".

A rede de drenagem do Rio Madeira "...tem padrões meândricos...", "contendo largas faixas de planícies com extensos níveis de terraços, componentes da unidade Planícies Amazônicas".

Depressão da Amazônia Meridional - Ocupa parte dos Municípios de Alta Floresta d'Oeste, Alto Alegre do Parecis, Alto Paraíso, Alvorada d'Oeste, Ariquemes, Buritis, Cacaulândia, Cacoal, Campo Novo de Rondônia, Candeias do Jamari, Castanheiras, Costa Marques, Espigão d'Oeste, Governador Jorge Teixeira, Guajará-Mirim, Jamari, Jarú, Ji-Paraná, Machadinho d'Oeste, Nova Mamoré, Nova União, Novo Horizonte do Oeste, Ouro Preto do Oeste, Parecis, Pimenta Bueno, Porto Velho, Presidente Médici, Primavera de Rondônia, Rio Crespo, Rolim de Moura, São Miguel do Guaporé, São Francisco do Guaporé, Santa Luzia d'Oeste, São Felipe d'Oeste, Seringueiras, Teixeirópolis, Theobroma, Urupá, Vale do Anari e Vale do Paraíso, e segundo o IBGE "caracteriza-se por áreas do Pediplano Pleistocênico mais conservadas, com caimento topográfico em direção a drenagem, apresentando, em vales encaixados, interflúvios aplainados e inselbergs, geralmente esculpidos em rochas pré-cambrianas".

Planalto residual da Amazônia Meridional - Ocupa áreas localizadas na Serra dos Pacaás Novos e Serra dos Uopiânes (Municípios de Alvorada d'Oeste, campo Novo de Rondônia, Costa Marques, Governador Jorge Teixeira, Guajará-Mirim, Mirante da Serra, Monte Negro, Nova Brasilândia d'Oeste, Nova Mamoré, São Miguel do Guaporé, Seringueiras); na Serra Grande, Serra Machado, Serra da Providência e Serra Tarumã (Municípios de Cacoal, Ji-Paraná, Presidente Médici, Ministro Andreazza); na Serra do Caneco (Municípios de Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste e Vale do Paraíso); e na Serra Azul, Serra do Peri, Serra Sargento Paixão, Morro dos Macacos, Morro do Quartzito, (Municípios de Cacoal, Espigão d'Oeste, Pimenta Bueno e Vilhena) e segundo o IBGE são "relevos residuais de uma superfície de aplainamento. Configuram topos planos conservados em interflúvios tabulares de rebordos erosivos abaulados, em altitudes acima de 400 m, e serras talhadas em rochas pré-cambrianas de origem vulcânica, subvulcânica e metamórfica, representadas por granitos, riolitos, granodioritos, gnaisses, migmatitos e arenitos arcoseanos.

Planalto dos Parecis - Ocupa áreas localizadas nos Municípios de Alta floresta d'oeste, Alto Alegre dos Parecis, Colorado do Oeste, Corumbiara, Cerejeiras, Chupinguaia, Nova Brasilândia d'Oeste, Parecis, Rolim de Moura, Pimenta Bueno, Santa Luzia d'Oeste e Vilhena, e segundo o IBGE com "...litologias cretácicas das formações Tapirapuã e Salto das Nuvens (Grupo Parecis). Compõe-se de basaltos e diabásios intercalados com arenitos e outros tipos de rochas, formando patamar rebaixado limitado por escarpas estruturais".

Depressão do Guaporé - Ocupando áreas dos Municípios de Alta Floresta d'Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Cerejeiras, Colorado do Oeste, Corumbiara, Costa Marques, Guajará-Mirim, Pimenteiras do Oeste, São Francisco do Guaporé, São Miguel do Guaporé, Seringueiras e Vilhena, segundo o IBGE, "...onde os processos de erosão truncaram indistintamente, litologias do Pré-cambriano ao Carbonífero".

Áreas Atualmente Desaconselháveis à Utilização Agrícola - Possuem limitações muito forte de solos e/ou topografia, ocorre em parte das margens dos Rios Guaporé, Mamoré, Madeira, Ji-Paraná ou Machado e Roosevelt; na Serra dos Pacaás Novos, nos Municípios de Alta Floresta d'Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Costa Marques, Candeias do Jamari, Cerejeiras, Cujubim, Espigão d'Oeste, Guajará-Mirim, Jaru, Ji-Paraná, Machadinho d'Oeste, Pimenta Bueno, Pimenteiras do Oeste, Porto Velho, Vale do Anari e Vilhena, onde, segundo o IBGE predominam solos com limitações muito fortes ou áreas com topografia muito movimentada, que as tornam atualmente desaconselháveis á utilização agrícola. São áreas praticamente sem potencial para práticas agrícolas, por apresentarem, em geral, uma ou mais das seguintes restrições: fertilidade natural muito baixa, teores elevados de sais solúveis, solos rasos, pedregosidade, rochosidade, textura arenosa, topografia montanhosa e escarpada, riscos de inundações e deficiência de drenagem."

VEGETAÇÃO

O Estado de Rondônia possui vegetação variada, apresentando regiões de Floresta Ombrófila Aberta (Floresta de Transição); de Floresta Ombrófila Densa (Floresta Amazônica); de Floresta Estacional Semidecidual (Mata Semicaducifólia); de Savana (Cerrados/Campos); e de Áreas das Formações Pioneiras de Influência Fluvial (Vegetação Aluvial).

Floresta Ombrófila Aberta (Floresta de Transição) - Ocupa a maior parte do território rondoniense, principalmente a região central, norte, sul e leste, e segundo o IBGE caracteriza-se "...por apresentar quatro fisionomias: cipoal (floresta de cipó), cocal (floresta de palmeiras), bambuzal (floresta de bambu) e sororocal (floresta de sororoca); ocorre em área de floresta de clima semelhante a Floresta Ombrófila."

Floresta Ombrófila densa (Floresta Amazônica/Floresta Atlântica) - Ocupa pequenas áreas na região central do território; na divisa do Município de Ji-Paraná com o Estado do Mato Grosso, no divisor de águas do Rio Ji-Paraná com o Estado do Mato Grosso, no divisor de águas do Rio Ji-Paraná ou Machado Roosevelt; e na divisa do Município de Porto Velho com Estado do Amazonas, na altura dos Distritos de Jaci-Paraná e Abunã; e segundo o IBGE caracteriza-se por apresentar "...árvores de médio e grande porte bem adensadas, várias palmeiras, trepadeiras lenhosas e epífitas (por exemplo espécies de Bromeliáceas e Orquidáceas) que ocorrem sob um clima sem período seco."

Floresta Estacional Semidecidual (Mata Semicaducifólia) - Ocupa área do sul do estado, nos Municípios de Vilhena, Colorado do Oeste, Cabixi, Cerejeiras, Corumbiara e Pimenta Bueno, e segundo o IBGE apresenta uma "...percentagem de árvores caducifólias no conjunto florestal e não das espécies que perdem as folhas individualmente, situa-se entre 20% a 50% na época desfavorável".

Savana (Cerrado/Campos) - Ocupa áreas entre os Municípios de Vilhena e Pimenta Bueno, na região central do estado, na divisa do Município de Machadinho d'Oeste com os Estados do Amazonas e Mato Grosso, e na divisa do Município de Porto Velho com o Município de Humaitá, no Estado do Amazonas; e segundo o IBGE "...caracteriza-se por apresentar árvores baixas e tortuosas, casca grossa e rugosa, com folhas grandes e duras, revestindo um tapete graminoso continuo."

Área das Formações Pioneiras de Influência Fluvial (Vegetação Aluvial) - Ocupa área localizada no Rio Guaporé, nos Municípios de Cerejeiras, Alta Floresta d'Oeste e costa Marques; e segundo o IBGE caracteriza-se por apresentar "...vegetação que instala neste ambientes variando de acordo com a intensidade e duração da inundação, apresentando fisionomia arbustiva ou herbácea. Na fisionomia arbustiva dominam os gêneros Acácia e Mimosa, além das famílias Solanaceae, Compositae e Myrtaceae, e na Herbácea Typha, Cyperus, Juncus, Panicum, Paspalum e Thalia".

CLIMA

No Estado de Rondônia predomina o clima equatorial quente e úmido com 3 meses secos, ocorrendo também em uma pequena faixa no norte do estado, fronteira com o Estado do Amazonas, a altura dos Municípios de Machadinho'Oeste, Candeias do Jamari e Porto Velho, o clima quente e úmido com 1 a 2 meses seco, bem como o clima quente semi-úmido com 4 a 5 meses secos em uma pequenina faixa nos municípios de Colorado do Oeste e Cabixi, na divisa com o Estado de Mato Grosso.

Temperatura - No Estado de Rondônia a temperatura média anual varia de 24º a 26º C, mas nos meses de junho a agosto em razão da invasão do Anticiclone Polar de trajetória continental, e da frente polar dele resultante, muito comum no inverno, surgem abaixamentos térmicos de grande significado regional, conhecido como fenômeno da "friagem", quando mínimas diárias de até 8º C já foram registradas. Nesse período, quando da ocorrência da "friagem" os termômetros já chegaram a registra 0º C na Chapada dos Parecis.

Pluviosidade - Em Rondônia o total pluviométrico anual excede 2.000 mm, com chuvas de setembro a maio, sendo julho o mês mais seco.

HIDROGRAFIA

A hidrografia de Rondônia é formada por três bacias principais (bacia hidrográfica do Rio Madeira, bacia hidrográfica do Rio Guaporé/Mamoré e bacia hidrográfica do Rio Ji-Paraná ou Machado) e uma bacia secundária (bacia hidrográfica do Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida).

Bacia Hidrográfica do Rio Madeira - É formada pelo Rio Madeira, principal afluente da margem direita do Rio Amazonas, e seus afluentes. Formado pelo encontro dos Rios Beni e Mamoré, rios bolivianos que nascem na Cordilheira dos Andes, o Rio Madeira não é um rio totalmente rondoniense, como o Ji-Paraná, pois banha boa parte do Estado do Amazonas, onde desemboca.

O Rio Madeira chega a possuir largura máxima de 8 km e profundidade de 10m, com o seu débito variando de 40.000 m3/seg. no período de chuvas, a 4.000 m3/seg. nos meses secos.

São seus afluentes mais importantes da margem esquerda, no território rondoniense, o Rio Abunã, Rio Ferreiros, Igarapé São Simão, Rio São Lourenço, Rio Caripunas, Igarapé Maparaná, Igarapé Cuniã e o Rio Aponiã.

Em solo rondoniense os afluentes mais importantes da margem direita são: Rio Ribeirão, Igarapé da Araras, Rio Castanho, Rio Mutum-Paraná, Igarapé Cirilo, Rio Jaci-Paraná, Rio Caracol, Rio Jamari, Igarapé Mururé e Rio Ji-Paraná.

Bacia Hidrográfica dos Rios Guaporé e Mamoré - É formada pelos Rios Guaporé e Mamoré e seus afluentes da margem direita que correm em terras de Rondônia. O Rio Guaporé nasce na Chapada do Parecis no Estado do Mato Grosso, no divisor de águas das bacias hidrográficas do Rio Amazonas e do Rio da Prata, penetra em território rondoniense a partir da foz do Rio Cabixi até encontrar o Rio Mamoré, que desce dos Andes Bolivianos, e daí em diante segue com o nome de Mamoré até o encontro com o Rio Beni para formar o Rio Madeira.

O Rio Guaporé e o Rio Mamoré separam Rondônia da Bolívia e são seus afluentes da margem direita, lado rondoniense, o Rio Cabixi, Rio Escondido, Rio Mequéns, Rio Massaco, Rio Baía Rica ou São Simão, Rio Branco, Rio Bacabalzinho, Rio São Miguel, rio Cautarinho, Igarapé da Coca, Rio Sotério, Igarapé Grande, Rio Pacaás Novos, Rio Bananeiras e o Rio da Laje.

Bacia Hidrográfica do Rio Ji-Paraná ou Machado - O Rio Ji-Paraná ou Machado nasce e termina em solo rondoniense; suas nascentes estão localizadas na Chapada dos Parecis, no Planalto de Vilhena, onde nascem os Rios Pimenta Bueno ou Apidiá (nome indígena) e Barão de Melgaço ou Comemoração de Floriano, que vão se juntar, à altura da cidade de Pimenta Bueno, para formar o maior rio rondoniense em extensão.

O Rio Ji-Paraná ou Machado atravessa Rondônia no sentido sudeste-norte, indo desembocar no Rio Madeira próximo a Vila de Calama são afluentes da sua margem esquerda o Igarapé Marreta, Igarapé Luiz de Albuquerque, igarapé Jassuarana, Rio São Pedro, Rolim de Moura ou Antônio João, Rio Muqui ou Ricardo Franco, Igarapé Primavera, Igarapé Bandeira Preta, Rio Urupá, Igarapé Nazaré, Rio Boa Vista, Igarapé Toledo ou Jacaré, Rio Juruá e o Rio Preto/Jacundá. Na margem direita são afluentes o Riozinho, Igarapé Pirara, Igarapé Grande, Igarapé Leitão, Ribeirão Riachuelo, Igarapé da Prainha, Igarapé Lourdes, Igarapé Jatuarana, Igarapé Água Azul, Igarapé Cajueiro, Igarapé Tarumã, Rio São João, Igarapé Traíra e Igarapé São Rafael.

Bacia Hidrográfica do Rio Roosevelt ou Rio da Dúvida - Esse rio apenas nasce em Rondônia, no Planalto de Vilhena (Chapada dos Pareceis) e pequena parte de sua bacia hidrográfica está localizada no estado. São afluentes da margem direita, em território rondoniense: o Igarapé Três Buritis, Córrego da República, Rio Buritiram, Rio Água Branca e Rio Capitão Cardoso e na margem esquerda o Ribeirão Taunay e Rio Kent.

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Decreto Lei nº 5.812, de 13 de setembro de 1943, do Presidente da República Dr. Getúlio Vargas, criou na região do Alto Madeira, o território Federal do Guaporé, desmembrando do Estado do Amazonas e Mato Grosso, administrado diretamente pela União, através do Ministério do Interior e Justiça.

Decreto Lei nº 5.832, de 21 de setembro de 1943, dispõe sobre a administração e divisão política dos Territórios Federais, subordinou-os à administração direta da União.

Quanto a divisão político-administrativa, esta lei compôs o Território Federal do Guaporé (Rondônia), com quatro municípios, a seguir:

a) Porto Velho

b) Lábrea

c) Alto Madeira

d) Guajará-Mirim

Determinando para a Capital do Território, a cidade de Porto Velho.

A divisão judiciária em quatro (04) Comarcas correspondendo os municípios do Território.

Decreto Lei nº 6.550, de maio de 1944, retificou os limites do Território Federa do Guaporé (Rondônia) reduzindo sua divisão para três Municípios. (Porto Velho, Alto Madeira e Guajará-Mirim).

Municípios e Comarcas de Porto Velho, compostos dos seguintes distritos: Porto Velho (distrito sede), Calama, Jaci-Paraná, Abunã, Ariquemes e Rondônia.

Municípios e comarca de Guajará-Mirim, compostos dos seguintes distritos: Guajará-Mirim (distrito sede), Forte Príncipe da Beira e Pedras Negras.

Promulgada a Constituição da República e 1946, manteve os Territórios Federais, concedendo o direito aos seus habitantes de escolherem através de eleição, voto universal secreto e direito, um representante (deputado federal), para os representar na Câmara Baixa da União.

Em seu art. 3º, dispunha que os Territórios Federais, poderiam mediante lei especial, constituir-se em Estado, subdividirem-se em novos Territórios ou volverem-se a participar dos Estados dos quais foram desmembrados. E que competia às autoridades da união, administra-los, através do Ministério do Interior, ao qual ficariam subordinados.

Lei nº 2.731, de 17 de fevereiro de 1956, de autoria do Deputado Federa do Amazonas, Áureo de Melo, mudou o nome do Território Federa do Guaporé, para Rondônia.

A Lei nº 6.448, de 11 de outubro de 1977, criou os municípios de:

Ariquemes – desmembrado do Município de Porto Velho

Ji-Paraná – desmembrado do Município de Porto Velho.

Cacoal – desmembrado do Município de Porto Velho.

Pimenta Bueno – desmembrado do Município de Porto Velho.

Vilhena – desmembrado do Município de Porto Velho e Guajará-Mirim.

Passando os Territórios de Rondônia a compor-se de 07 (sete) municípios de:

Jaru – desmembrado do Município de Ariquemes,

Ouro Preto do Oeste – desmembrado do Município de Ji-Paraná,

Presidente Médici – desmembrado do Município de Ji-Paraná,

Espigão do Oeste – desmembrado do Município de Pimenta Bueno,

Colorado do Oeste – desmembrado do Município de Vilhena,

Costa Marques – desmembrado do Município de Guajará-Mirim.

Após a elevação à categoria de Estado, essa divisão política foi alterada com a criação dos municípios de Rolim de Moura desmembrado do Município de Cacoal e do Município de Cerejeiras, desmembrado do Município de Colorado do Oeste, pelo Decreto Lei nº 071, de 5 de agosto de 1983, do governo do Estado de Rondônia e, em 1986 pelas Leis nº 100, 103 e 104, respectivamente, criaram os Municípios de Santa Luzia do Oeste, desmembrado dos municípios de Rolim de Moura e Pimenta Bueno; Alvorada do Oeste desmembrado do município de Presidente Médici, e Alta Floresta do Oeste desmembrado dos municípios de Rolim de Moura e Costa Marques. Em 1988, as Leis nºs 198, 206, 207 e 208, respectivamente criaram os municípios de Machadinho do Oeste, desmembrado dos municípios de Ariquemes, Jaru e Ji-Paraná; São Miguel do Guaporé, desmembrado do município de Costa Marques; Vila Nova do Mamoré, desmembrado do município de Guajará-Mirim; Cabixi, desmembrado do município de Colorado do Oeste. No período de 1988 a 1995, outras localidades foram transformadas em municípios totalizando 52 unidade político-administrativas.

Em 1994, são criados os seguintes municípios:

1. São Felipe do Oeste – desmembrado dos municípios de Pimenta Bueno e Santa Luzia do Oeste;

2. Parecis – desmembrado do município de Pimenta Bueno;

3. Primavera de Rondônia – desmembrado do município de Pimenta Bueno;

4. Alto Alegre – desmembrado dos municípios de Alta Floresta do Oeste e Santa Luzia do Oeste;

5. Nova União – desmembrado do município de Ouro Preto do Oeste;

6. Teixeirópolis – desmembrado do município de Ouro Preto do Oeste;

7. Vale do Anarí – desmembrado do município de Machadinho do Oeste;

8. Cujubim – desmembrado do município de Porto Velho e Ariquemes.

Lei Complementar nº 41, de 22 de dezembro de 1981, elevou o Território Federa de Rondônia a categoria de Estado.

Sendo o Estado instalado no dia 04 de janeiro de 1982.

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

As tentativas de conquista e colonização do atual espaço limitado pelo Estado de Rondônia, remonta ao século XVII, quando os padres jesuítas nela se instalaram para obra de catequese. Porém, a posse, o desbravamento e o povoamento, só foram realizados com a exploração da borracha em conseqüência da valorização dessa matéria prima no mercado internacional e a construção da ferrovia Madeira-Mamoré para o transporte de sua produção, realizada em cumprimento do artigo VII do tratado de Petrópolis, firmado entre as Repúblicas do Brasil e da Bolívia em 11 de novembro de 1903. Foram os fatores que atraíram para a região, contínua corrente migratória de indivíduos oriundos de todos os quadrantes do Brasil e do Mundo. Assim uma região que era densa floresta, tendo apenas uma pequena povoação Santo Antônio do Alto Madeira, a partir de 1907, no início da construção da ferrovia, a 1909, houve um rápido crescimento populacional, neste ano já registrava-se uma população de 3.700 habitantes constituídas em sua maioria por homens. Apesar das endemias disseminarem a morte e inutilizarem os homens, a população crescia em elevados índices, em 1911 atingia 25.000 habitantes e em 1915 ao ser concluída a ferrovia, ultrapassava de 40.000 habitantes predominando quase que absolutamente pelo elemento masculino. A atividade econômica de mais expressivo relevo dessa população era o extrativismo vegetal, a borracha principalmente, e as atividades paralelas diretas ou indiretamente por elas geradas, tanto do setor primário como do secundário e do terciário, destacando-se as deste último.

Essa população espalhava-se rarefeitamente no imenso espaço geográfico, ao longo da ferrovia, as margens dos rios Madeira, Ji-Paraná, Jamari, Abunã e seus afluentes, havendo apenas dois núcleos humanos mais expressivos, Porto Velho e Guajará-Mirim.

A desvalorização da borracha no mercado internacional, deteve esse processo demográfico ao acarretar incalculáveis prejuízos financeiros, levando a ferrovia Madeira-Mamoré e as empresas do seu complexo à falência, provocando a emigração em massa da população do Alto Madeira.

A população só se estabilizou e novamente começou a crescer, com o advento do segundo ciclo econômico da exploração da borracha, em decorrência de sua alta de preço e constante procura dessa matéria prima pelas potências industrializadas do ocidente, no período da segunda Guerra Mundial e após a região ter constituído o território Federal do Guaporé (em 1943), atual Estado de Rondônia.

Segundo o resultado de recenseamento de junho de 1950, a população do então Território Federal do Guaporé era de 36.935 habitantes observando-se o crescimento demográfico nestes últimos quarenta anos, verifica-se um crescente incremento populacional, os censos de 1960, 1970, 1980 e 1991 registraram 70.232, 111.064, 503.070 e 1.130.874 habitantes, respectivamente.

População estimada em 1994, 1.190.739 habitantes. O colégio eleitoral atingiu mais de 600.000 habitantes.

ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO

O elevado índice de crescimento demográfico é decorrente do incremento vegetativo e do grande fluxo de imigração, cabendo a este, importante destaque no aumento populacional de Rondônia.

A construção da rodovia BR 364 (Brasília/Acre) e a implantação dos projetos de colonização do INCRA, constituíram-se em fatores favoráveis, de atração de correntes imigratórias do Centro Sul e Sudeste do país. No período de 1960/70, o número de imigrantes atingiu 51.557 pessoas, no período de 1971/76, de acordo com a fiscalização do INCRA em Vilhena e dados da SUCAM, localizaram-se nos então povoados de Espigão o Oeste, Pimenta Bueno, Cacoal, Vilhena, Presidente Médici e Ariquemes ao longo da BR 364, aproximadamente 40.000 pessoas (37.924 registradas no Posto de Vilhena), apresentando esses povoados um crescimento relativo superior a 500% em 6 (seis) anos, dos imigrados 48,83% são provenientes do Estado de Mato Grosso; 36,1% do Paraná; 16,05% do Espírito Santo e os 14,08 restantes de outros estados. No período de 1977/82, o número de imigrantes chegados ao Estado, foi de 220.064 pessoas, e no primeiro semestre de 1983 atingiu 23.240 migrantes. Nesse período 1977/83 entre os imigrantes, houve a predominância de elementos oriundos do Estado do Paraná, 23% do total geral, seguido dos Estados do Mato Grosso 15% e Minas Gerais 10,6%. Os locais de preferência dos imigrantes para se localizarem, foram Cacoal, 20,06%; Porto Velho 14,8%; Ji-Paraná 14,4% e Pimenta Bueno 10,09% das preferências respectivamente. Na década de noventa, o fluxo migratório decresceu. Atualmente o Estado de Rondônia vem sofrendo uma emigração provocada pela crise econômica atual.

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA POPULAÇÃO

O Estado de Rondônia com sua área geográfica de 238.512,80 Km2, tem uma densidade demográfica de 4,7 habitantes por Km2, relativa a uma população de 1.130.847 habitantes no censo de 1991.

A distribuição da população até na década de setenta, apresentava-se linear localizando-se ao longo dos rios e dos eixos rodoviários. Situação que passou a se modificar com a implantação das empresas de exploração de minérios, de colonização agropecuário e madeireiras em expansão afastando-se das margens dos rios e do eixo da rodovia BR 364, na direção do planalto interior, do vale do Guaporé e do Roosevelt, fazendo surgir no período de 1970/90 núcleos populacionais que transformaram em cidades de pequeno e médio porte, tais como: Espigão do Oeste, colorado do Oeste, Cerejeiras, Alta Floresta do Oeste, Rolim de Moura, Santa Luzia do Oeste, São Miguel do Guaporé, Urupá, Alvorada do Oeste, Nova Brasilândia do Oeste e vários outros núcleos.

continentesContinentes
Características de cada uma das regiões
Extremos geográficos dos continentes
Continente Característica País Grandeza
África O mais extenso Sudão 2.505.813 km2
O menos extenso Seychelles 455 km2
Com a maior densidade populacional Maurício 550 hab./km2
Com a menor densidade populacional Chade 0,5 hab./km2
Com a maior esperança de vida Reunião 79 anos
Com a menor esperança de vida Serra Leoa 33 anos
América Central O mais extenso Nicarágua 130.000km2
O menos extenso Granada 344 km2
Com a maior densidade populacional Barbados 697,6 hab./km2
Com a menor densidade populacional Belize 8,6 hab./km2
Com a maior esperança de vida Dominica 80 anos
Com a menor esperança de vida Haiti 48 anos
América do Norte O mais extenso Canadá 9.970.610 km2
O menos extenso México 1.958.201 km2
Com a maior densidade populacional México 50,1 hab./km2
Com a menor densidade populacional Canadá 3,2 hab./km2
Com a maior esperança de vida Canadá 81 anos
Com a menor esperança de vida México 70 anos
América do Sul O mais extenso Brasil 8.547.403,5 km2
O menos extenso Suriname 163.265 km2
Com a maior densidade populacional Colômbia 35,9 hab./km2
Com a menor densidade populacional Suriname 2,5 hab./km2
Com a maior esperança de vida Chile e Uruguai 76 anos
Com a menor esperança de vida Bolívia 59 anos
Ásia O mais extenso Rússia 12.704.097 km2
O menos extenso Cingapura 641 km2
Com a maior densidade populacional Cingapura 3.500 hab./km2
Com a menor densidade populacional Mongólia 1,5 hab./km2
Com a maior esperança de vida Japão 83 anos
Com a menor esperança de vida Afeganistão 43 anos
Europa O mais extenso Rússia 4.371.303 km2
O menos extenso Vaticano 0,44km2
Com a maior densidade populacional Mônaco 15.461 hab./km2
Com a menor densidade populacional Islândia 3 hab./km2
Com a maior esperança de vida França e Suíça 82 anos
Com a menor esperança de vida Rússia 58 anos
Oceania O mais extenso Austrália 7.682.300 km2
O menos extenso Nauru 21,3 km2
Com a maior densidade populacional Ilhas Marshall 555,6 hab./km2
Com a menor densidade populacional Austrália 2,4 hab./km2
Com a maior esperança de vida Austrália 81 anos
Com a menor esperança de vida Nauru 50 anos

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Canto e Vocalizes

A QUALIDADE DA VOZ

CONSIDERAÇÕES INICIAIS.

A voz a serviço da música, utiliza o sopro e possibilita modular, enriquecer e sustentar as sonoridades vocais e torná-las mais expressivas.
Nenhum instrumento é comparável a ela, sendo a única a ter o privilégio de poder unir o texto à melodia. Mas, só emociona dependendo da sensibilidade e da musicalidade do intérprete que, além das notas e palavras, necessita conceber em suas interpretações a melhor forma de sentir e expressar e que não está escrito.
Para o cantor , a voz passa a desempenhar o papel de intrumento musical onde ele desenvolve a atividade artística e intelectual a qual a inteligência participa, mas a primazia é dada à expressão e à emoção. A voz é, para quem canta, o seu Eu interior que de forma vibrante, libera pensamentos e sentimentos.
É também verdade que o cantor expressará de modos diferentes esse canto interiorizado e sentido segundo sua concepção da obra a ser interpretada e das infinitas nuances da sua voz. Seu poder expressivo refletirá tanto seu temperamento como sua personalidade . A voz e a personalidade estão estreitamente relacionadas e são inseparáveis já que traduzem o ser humano na sua totalidade.
Entre o corpo e a voz existe uma íntima relação. É com eles que o cantor exterioriza sua afetividade e desempenha o papel intermediário entre o público e a obra musical. Mas, para isso é ´preciso que ele possua uma técnica precisa e impecável a fim de poder dominar as inúmeras dificuldades que vai encontrar.


OS PARÂMETROS

OS PARÂMETROS
O cantor pode variar voluntariamente as qualidades integrantes da voz, seja ao mesmo tempo ou isoladamente. No canto estas qualidades dependem da duração, dai a necessidade de desenvolver uma tonicidade e agilidade muscular que respondam a este imperativo.
Freqüentemente, é através do controle auditivo que o cantor modifica a qualidade de sua voz. Mas é necessário, também que ele o faça por meio de uma técnica apropriada, utilizando movimentos precisos e pela percepção de certas sensações musculares que determinam as coordenações musculares, sendo elas funções destes diferentes parâmetros.
A altura


Para mudá-la a altura da voz, é preciso mudar a pressão expiatória. Isto é, modular o grau de tonicidade da musculatura abdominal, assim como o volume das cavidades supra-laringeas que modificarão a posição da laringe, o fechamento glótico, a freqüência das vibrações das cordas vocais e o deslocamento da sensação vibratória
A INTENSIDADE

______
_A intensidade da voz depende da pressão sub-glótica, ou seja da sustentação abdominal que permite a potência. A intensidade se conretiza por uma sensação de tonicidade que se distribui pelos órgãos vocais. Ela é percebida como uma energia transmitida, pouco a pouco, ao conjunto das cavidades de ressonância e aos músculos faringo-laríngeos. O cantor, durante o seu trabalho, deve ter conciência do dispêndio muscular que a intensidade requer, da dinâmica vocal apropriada e generalizada que provocarão o enriquecimento do aspecto sonoro.
A intensidade aumenta com a tonicidade e eastá associada à altura tonal , dependendo das vozes, varia de 80 a 120 decibéis




O TIMBRE

..

É o resultado dos fenômenos acústicos que se localizam nas cavidades supra-laríngeas. É modificando o volume, a tonicidade dessas áreas, assim como a dos lábios e das bochechas, que o som fundamental, emitido pela laringe, vai ser enriquecido ou embobrecido voluntariamente segundo a ordem, o número , a intensidade dos harmônicos que o acompanham e que são filtrados nestas cavidades conforme a altura tonal e a vogal.
( a, ã , e , é, ê , i , o , ó , u )

A riqueza do timbre está em função do uso dos resonadores, da pressão sub-glótica, da posição mais ou menos alta da laringe, fechamento glótico e qualidade das mucosas, condiçãoões estas, essenciais à qualidade do timbre, assim como da morfologia.


O timbre é definido de diferentes maneiras. Fala-se do seu colorido e estes está diretamente relacionado com a forma dos ressonadores. Fala-se da amplitude que corresponde às sonoridades extensas e redondas, do mordente, da espessura, do brilho que cresce e decresce com as modificações da intensidade e estão em correlação com a tonicidade das cordas vocais.

Estas diferentes formas acústicas são realizadas por mecanismos extremamente delicados, por todo um conjunto de movimentos musculares e pela maior ou menor tonicidade.

Mas o timbre pode ser tranformado com a utilização de certos métodos que o modificam, enquanto é a realização do mecanismo fisiológico da voz que pemitirá desenvolver e apreciar o timbre natural do cantor. O cantor pode variar voluntariamente as qualidades integrantes da voz
A Homogeneidade

É uma qualidade essencial , que está em função da distribuição das zonas de ressonância e da fusão das diferentes sonoridades vocais dada sua interação permanente. Ela só pode ser rea1izada pela harmonização progressiva de todos os órgãos indispensáveis a fonação. Ou seja, por um sistema de compensação sobre toda a extensão e sobre todas as vogais de modo a atenuar ou reforçar certos formantes.

Ela é o par da homogeneidade. Trata-se da pressão e da tonicidade bem distribuidas que irão determinar uma coaptação adequada das cordas vocais.

Assim como uma acomodação das cavidades de ressonância. A afinação é regulada por movimentos extremamente delicados.


Pelo domínio de um conjunto de sensações as quais é preciso ficar muito atento associado ao controle auditivo vigilante. Alguns cantores cantam "baixo” porque eles não sustentam o sopro devido a uma hipotonia muscular.

outros cantam muito alto , eles " empurram ", seja por excesso de pressão ou porque o sopro se gasta rápido demaiso O som em geral localizado muito "em cima" é errado e desafina

O Vibrato _____________----------__-______página_ 7


.._ Ele tem um efeito estético evidente e um papel primordial porque ele dá a voz sua riqueza expressiva, sua leveza e seu poder emocional. Ele se caracteriza por modulações de frequência, (na razão de cinco a sete vibrações por segundo), acompanhadas de vibrações sincrônicas da intensidade de dois a três decibéis e da altura ¼ de tom e ½ tom que tem uma influência sobre o timbre. Estas flutuações são criadas pelo cantor e tem uma ação musical importante.
O vibrato só se adquire a medida que o cantor domina sua técnica e realiza da melhor maneira possível a junção faringo-laringea: seu mecanismo fisiológico corresponde a finas tremulações do conjunto da musculatura respiratória e laríngea.
Sem vibrato a voz é achatada, inexpressiva e sem calor humano. O Vibrato não existe nas crianças nem nas vozes incultas.

O Alcance da Voz

Quaisquer que sejam as mudanças de timbre , intensidade, de altura ou as modificações das candições ambientais, a técnica vocal deve permanecer a mesma.O cantor deve simplesmente adaptá-la a estes diferentes parâmetros.

A voz produzida , se ressente, se transforma no interior de nossos órgãos. Do ponto de vista funcional, o alcance vocal está sempre relacionado com a energia gasta e se traduz, principalmente, pela consciência de uma tonicidade generalizada no corpo inteiro, às sensações proprioceptivas mais perceptíveis e ao enriquecimento do jogo acústico do timbre.
A voz, diferentemente dos outros instrumentos, não é materializada e por esta razão e mais difícil de controlar . É por este motivo que o cantor deve ter a sua disposição, uma técnica segura, consciente baseada nas sensações e movimentos precisos que lhe permitirão não perder o domínio da voz quando estiver nas grandes salas, nas igrejas, ao ar livre ou em locais desprovido de acústica.

Assim pode-se dizer que, a condição essencial para que a voz tenha alcance é o controle das sensações internas. São as sensações musculares que, particularmente, informam sobre a atividade dos órgãos e seguindo-se a elas é a sensação de vibração que permite situar o tremor vibratório. Isto é tão evidente que muitos cantores colocam a mão sobre a caixa craniana para senti-lo melhor. Este procedimento não é recomendável,(Salvo momentâneamente) pois quando é suprimido, o cantor tem a impressão de não ter mais voz e fica desorientado.

O cantor sente a necessidade de localizar essas sensações e os instrumentistas também as buscam. Alguns deles tocam com os olhos fechados para sentir as vibrações de seu instrumento, juntar-se a ele, isolar-se do público e concentrar-se melhor. Por estas mesmas razões a famosa cantora negra Marian Anderson cantava sempre de olhos fechados.

Buscar o alcance da voz procurando lançá-la para "a frente" e um erro fundamental. Esta atitude provoca a contração da laringe, das cordas vocais, que contraem as cavidades de ressonância e passam a exercer uma pressão exagerada. Levam, pois, a um esfôrço generalizado do corpo todo, com todas as conseqüências que isto pode ter sobre a laringe e sobre o timbre. Não é por um excesso de intensidade que a voz terá um melhor alcance. Antes de tudo, o que importa é poder realizar uma distribuição do trabalho muscular, bem como adotar as corretas atitudes orgânicas, a fim de obter uma voz homogênea que possua, desde a saída dos lábios, o máximo de riqueza acústica.